Poupança tem fuga de R$ 6,59 bilhões, recorde para maio
No acumulado dos cinco primeiros meses do
ano, saída de recursos soma 38,8 bilhões de reais, também recorde, segundo o
Banco Central
Evasão
de recursos ocorre em meio ao prolongamento da recessão no país(Renato
Stockler/Folhapress/VEJA)
A retirada de recursos da caderneta de poupança
superou os depósitos em 6,59 bilhões de reais em maio, a maior perda para o mês
desde o início da série histórica, em 1995, de acordo com números divulgados
nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). No mês passado, o total de
aplicações no mês passado foi de 160,931 bilhões reais e o de saques, de
167,522 bilhões de reais.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a
fuga de recursos da poupança superou os depósitos em 38,88 bilhões de reais,
volume também recorde para o período. Em igual período do ano passado, a saída
de recursos havia totalizado 32,28 bilhões de reais.
A evasão de recursos ocorre em meio ao prolongamento
da recessão, do aumento do desemprego e da inadimplência. A baixa rentabilidade
da modalidade mais tradicional de investimento frente a outras opções também
tem influenciado este movimento.
A remuneração da poupança é formada por uma taxa
fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para
quando a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano e atualmente
está em 14,25% ao ano.
No ano passado, 53,36 bilhões de reais deixaram a
poupança, marcando a primeira vez em dez anos que os saques superaram os
depósitos. Foi também a maior fuga de valores desde o início da série histórica
do BC.
(Da
redação)
Dólar recua
quase 1% e volta a ficar abaixo de R$ 3,50
Chance
de mais demora na elevação dos juros nos EUA puxou a baixa da moeda americana
nesta segunda(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O dólar voltou a ficar abaixo do patamar de 3,50 reais pela primeira vez
em mais de três semanas após fechar em baixa de quase 1% nesta segunda-feira.
Apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) demorará mais
para elevar os juros justificaram o movimento. A moeda americana caiu 0,98%, a
3,49 reais, seu menor nível de fechamento desde 12 de maio.
Nesta segunda-feira, Janet Yellen, presidente do Fed, disse que aumentos
dos juros provavelmente estão a caminho, mas deu poucas pistas sobre o momento
dessas elevações. No último dia 27, Yellen havia afirmado que um aumento seria
apropriado "nos próximos meses". "(Yellen) está dizendo aos
mercados: tomem seus calmantes, não exagerem", disse o economista da 4Cast
Pedro Tuesta.
Economistas agora veem setembro ou possivelmente julho como o momento
mais provável para um aperto de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros dos
Estados Unidos. Nos mercados de juros futuros, a aposta nesta segunda era de
que o movimento deve ocorrer mais para o fim do ano.
A manutenção de juros baixos nos EUA tende a fortalecer moedas de
mercados emergentes, como o brasileiro. Juros baixos nos Estados Unidos
estimulam a compra de ativos de maior risco.
O Ibovespa, principal índice da Bovespa, caiu 0,37% nesta segunda, a
50.431 pontos. Na máxima do dia, o indicador subiu 0,6% e, na mínima, recuou
1,03%.
Operadores da bolsa consideraram o movimento da sessão como uma
realização de lucros, já que permanecem incertezas em relação ao impacto das
últimas delações da operação Lava Jato sobre o governo interino de Michel
Temer. Nos três pregões até sexta-feira, o Ibovespa havia acumulado ganho de
mais de 4%.
(Com Reuters)
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